sexta-feira, 1 de março de 2013

Museu da Bicicleta será reaberto em SC





As “zicas” esperam por você

Após três anos fechado, Museu da Bicicleta será reaberto no dia 9

Não poderia existir presente melhor. Joinville, desde 1950 a Cidade das Bicicletas, mais uma 
vez terá parte dessa história detalhada em um acervo com mais de 16 mil peças. Depois de três anos 
fechado, o Museu da Bicicleta (MuBI) será reaberto ao público no aniversário da cidade, em 9 de março.
 O espaço passou por reformas e continua localizado no armazém de cargas, na Estação da Memória.

Uma reparação com a comunidade joinvilense. Assim definiu Valter Bustos, o coordenador e 
dono do acervo do MuBi. “Estamos devolvendo à cidade algo que é dela. Estamos nos reparando com as
 escolas, com os visitantes do mundo inteiro que nos procuram e com os moradores de Joinville”, avaliou. 
Antes mesmo de abrir as portas, revelou o coordenador,
 já há visitas marcadas com turistas estrangeiros. “É o único museu da bicicleta da América do Sul.
 E, além das bicicletas – carinhosamente chamadas de “zicas” em Joinville –, temos um acervo incrível,
com buzinas, campainhas e até caixas de fósforos decoradas com bicicletas”, avisou.

Entre as novidades, o coordenador adquiriu um antigo desejo: a bicicleta que o padre joinvilense 
Valdo usou para viajar pelo mundo. Ele saiu de Joinville em 2009 e em 2010 foi encontrado morto no México.
 A bicicleta foi trazida no ano passado e agora estará exposta no MuBI.

O museu passou, ainda, por mudanças. O piso foi melhorado; as paredes, pintadas, e a estrutura elétrica,
 reformada. “Foram pouco mais de dois meses de trabalho para podermos devolver à cidade um museu 
referência no País”, garantiu o presidente da Fundação Cultural, Rodrigo Coelho. Uma equipe de 
técnicos da área museológica foi montada para ajudar na catalogação e legalização do acervo.

Para o diretor executivo da fundação, Joel Gehlen, que acompanhou de perto a situação do MuBI, a 
reabertura traz diferentes diálogos para a cidade. O primeiro é com o passado, pelo fato de a cidade ter 
tido o maior número per capita de bicicletas na década de 50. “A bicicleta está na afetividade de Joinville.”
 Outra relação é com a mobilidade urbana porque a bicicleta representa uma alternativa de locomoção. 
“Ainda há o fascínio que ela exerce como um objetivo de desejo em algum momento de nossas vidas e o
 benefício que traz à saúde”, pontua Gehlen.

“Todos esses diálogos se encontram no Museu da Bicicleta, que é um espaço de memória e também
 de inspiração de comportamentos que têm a bicicleta como elemento do dia a dia”, completa o diretor.
 Segundo ele, o visitante sai de lá com o desejo de andar ou de, no mínimo, respeitar mais o meio de locomoção.

Por
CAROLINE STINGHEN  Jornal a notícia.

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